Em novembro de 1877 um grupo de imigrantes italianos, composto de 162 colonos: 48 homens, 42 mulheres, 42 meninos e 30 meninas chefiados pelo Padre Angelo Cavalli, saíram do Norte da Itália, região do Veneto, como Nove, Cismon del Grapa, Maróstica, Bassano del Grapa, Valstagna, entre outras e chegaram às terras do Paraná. Primeiramente, esses imigrantes se estabeleceram em Morretes na Colônia Nova Itália e mais tarde, abandonaram as terras e subiram a Serra do Mar, em direção a Curitiba.
Em setembro de 1878, esse grupo de italianos, um total de 40 famílias, recebeu do Governo Provincial terras demarcadas em 80 lotes, 40 urbanos e 40 rurais, localizados a 23 Km de Curitiba, na localidade do Butiatumirim recebendo o nome de Colônia “Alfredo Chaves”. Este nome se deu em homenagem ao então Inspetor Geral de Terras e Colonização, Dr. Alfredo Rodrigues Fernandes Chaves.
Ainda no fim do século XIX, as terras que originariam o Município de Colombo receberam novos contingentes de imigrantes. No ano de 1886 foi criada a Colônia Antonio Prado, com imigrantes poloneses e italianos, também no mesmo ano, criou-se a Colônia Presidente Faria somente com imigrantes italianos; um ano depois anexo a Colônia Presidente Faria, surgiu a Colônia Maria José (atualmente Município de Quatro Barras); e finalmente em 1888 surgiu a Colônia Eufrazio Correia (atualmente Bairro do Capivari), sendo as duas últimas colônias somente de imigrantes italianos. Porém, a Colônia que mais se destacou foi a Colônia Alfredo Chaves que assumiu o papel de sede do futuro Município.
A mudança oficial do nome Colônia Alfredo Chaves para Colombo, deve-se a uma medida do Governo Provisório Republicano, pelo Decreto n.º 11 de 8 de janeiro de 1890. Este nome foi dado em homenagem ao descobridor das Américas – Cristóvão Colombo. Somente em 5 de fevereiro de 1890 foi instalado o Município, sendo o seu primeiro Presidente de Intendência o Sr. Francisco de Camargo Pinto e em 1891 assumiu João Gualberto Bittencourt.
A partir de 14 de julho de 1932, através do Decreto Estadual n.º 1703, Colombo passa a se chamar Capivari, tendo o seu território anexado a Bocaiuva do Sul. Em 9 de agosto de 1933, por força do Decreto Estadual n.º 1831, volta a se chamar Colombo.
Em 20 de outubro de 1938, através do Decreto Estadual n.º 7573, extinguiu-se o Município, anexando-o à capital Curitiba. Somente em 30 de dezembro de 1943, pelo Decreto Estadual n.º 199, foi restaurado o poder político e administrativo de Colombo.
Em 1880 o imigrante italiano Francesco Busato, em conjunto com os demais colonos, construiu o primeiro Moinho de Fubá com roda d’água, represando o rio Tumiri. O mesmo teve a iniciativa de instalar a primeira Fábrica de Louças Artísticas do país. Esta fábrica foi considerada a melhor do país, produzindo todo tipo de faiança fina, lindos pratos, xícaras, vasos, floreiras, bules e peças especiais. Funcionava em estabelecimento feito de madeira, o que era um perigo constante com as fornalhas trabalhando e a temperaturas elevadíssimas, os incêndios eram inevitáveis. E foi justamente um grande incêndio que destruiu esta fábrica, suas instalações e maquinários, sofrendo na época o Município um enorme prejuízo econômico.
Durante o período de 1932 a 1947 outras fábricas surgiram como a Fábrica de Banha e Salame de Celeste Milani e Irmãos e a Fábrica de Graspa, de João Agripino. Tosin e José Gasparin, Fábrica de Carroceria (carroça) e Ferraria de Sebastião Guarise, João Lucas Costa e Boleslau Macionik; Padaria, de Francisco Wanke; Celaria de Oscar Bodziak e Valentin Gueno; Alfaiataria de Francisco Toniolo Mottin e José Socher e ainda outras fábricas como de rapaduras; forno de carvão; barricadas; carpintarias; latoeiros; mecânicos; sapateiros; pedreiras além de olaria e serrarias.
Ainda na década de 1940 alguns negócios, como eram chamadas antigamente as casas comerciais, tiveram seu momento de auge como o do Sr. Antonio André Jhonson, na sede de Colombo, Bergamino Borato na Barra do Capivari, Irmãos Falavinha em São Gabriel; João Scucato Coradin em Colônia Faria; Luiz Puppi na Sede; João I. Gusso em Campestre, entre outros. Atualmente, grandes fábricas e industrias estão se instalando no Município e juntamente com a agricultura, transformam a pequena vila de Colombo, como era conhecida, em uma grande e próspera cidade.
Ao longo do século XX, as transformações econômicas e agrícolas em Colombo foram fortemente condicionadas pelo crescimento populacional e econômico da cidade de Curitiba, incentivado pelo Plano de Desenvolvimento Integrado (PDI) de 1978, que direcionava a expansão da ocupação urbana para os municípios periféricos de Curitiba, já que esta não comportava mais a expansão. De acordo com Mendonça (2002), a partir de 1990, impulsionado pelos slogans de “Capital Ecológica” e “Capital Social”, criou-se um novo estímulo atrativo, na esteira de sua “imagem de cidade com qualidade de vida”. Além disso, a vinda de empresas montadoras de automóveis, contribuiu para manter os elevados fluxos migratórios para a cidade, induzindo também ao crescimento dos municípios que compõem a Região Metropolitana de Curitiba.
Colombo foi o município de maior taxa de crescimento nas décadas de 1970 e 1980 na Região Metropolitana de Curitiba. Décadas que recebeu um grande contingente populacional vindo principalmente do interior paranaense. Esse processo de crescimento concentrou-se na porção sul do município, resultado da expansão da ocupação urbana de Curitiba, dando uma conformação espacial peculiar ao município. Hoje a maioria da população mora em áreas loteadas contínuas a Curitiba, em bairros como Alto Maracanã, Guaraituba e Jardim Osasco.
Em 2000 o município apresentou uma população de 183.329 habitantes, resultado de elevadas taxas de crescimento populacional desde os anos 1970. Essa dinâmica representou a concentração das atividades econômicas na parte sul do município e preservou, em grande medida, a sede e a área rural das pressões da urbanização metropolitana.
A região central e norte apresentam uma ocupação relativamente ordenada, apresentando uma população bem menor e um número restrito de atividades econômicas. O Censo Demográfico de 2000 reafirma Colombo como um dos principais vetores de expansão urbana da Região Metropolitana, com projeções apontando taxas elevadas de crescimento populacional que levariam o município a uma população de 381.894 habitantes em 2010 (IPARDES, 1999). Entretanto, essa projeção reafirma a concentração do crescimento na parte sul do município, mantendo a sede e a área rural fora desse processo. Hoje, 97,6% da população do município mora em áreas loteadas, contíguas a Curitiba. A história recente do município de Colombo não tem apenas relação com sua sede histórica, mas com a evolução dos eventos sociopolíticos e econômicos ocorridos na região.
Fonte: Prefeitura Municipal de Colombo / IPARDES